sábado, 23 de maio de 2015

GRES UNIÃO DO PARQUE CURICICA (PORTO ALEGRE/RS)

Sinopse Enredo 2016
“Corações Mamulengos!”

Ei, você, se achegue aqui
Não se ache, pode vir
Paramos nessa cidade
Só pra mostrar novidade
Sou artista brasileiro
Me chame mamulengueiro
Um "Mestre" de qualidade

Deus, tomara que não chova
Que nuvem alguma se mova
Pra eu poder levar graça
Pra todo mundo da praça
Nesse teatro do riso
Tem passagens de improviso
Para entreter toda a massa

Trouxe dentro da carroça
Um baú cheio de troça
Que eu já vou revelar
Peça só pra me escutar
Abra a mente o coração
Agora preste atenção
Que eu vou já vou começar

Mas você tá intrigado?
Não tem ninguém do meu lado
Tô só eu aqui de gente
De carne e osso somente
Porém pode acreditar
Que eu faço multiplicar
Personagens de repente

É que os bonecos têm vida
E se alguém aí duvida
Eu vou agora mostrar
A alma a eles vou dar
Não conta causo capenga
Com a minha mão molenga
Faço até o mundo rodar

Começa o Primeiro Auto
Mateus, venha cá ligero
Para aqui se apresentar
Chega o professor Tiridá
Folgazões fazem pilhéria
Vêm Benedito e Quitéria
Formando um formoso par

Simão, vai tomar um cascudo!
Como é que um boneco miúdo
Tem tamanha ousadia?
João Redondo, quem diria
Pega no pé dos "caboco"
Até o Cassimiro Coco
É no Ceará que se cria

E o Segundo Auto começa
Mantendo a fiel promessa
De alegrar os presentes
Em lendas maledicentes
Medo me corrói inteiro
Da Ciagana do Cajueiro
Correm até o mais valentes!

Entra em cena ferozmente
Um Papa - Figo inclemente
Só pra arrumar presepada
Mas se é pra dar risada
Esqueça o Palhaço dos Coqueirais
Que dizem não conseguir jamais
Fazer rir a garotada

Então o que se há de fazer
Para o povo se comover?
Muita música e dança
Vai começar a festança!
Com a verdade eu não falto
Vamos ao Terceiro Auto
Porque a noite é uma criança!

O corpo bole faceiro
Com o povo "Batuqueiro"
Na bateria "Audaciosa"
Baila a menina mimosa
Meu Boi Bumba no Bumbá
Maracatu chega já
Com a sua corte ruidosa

Vixe! Vem acolá Lampião
Montado em seu alazão
Sai da toca sorrateiro
Neste Auto Derradeiro
Para uma batalha final
Contra a injustiça social
Que enche o coronel de dinheiro

Mas meu povo não é fantoche
Para viver de deboche
E ser tão manipulado
Tal qual boneco, coitado
Leva a vida por um fio
Pra vencer tal desafio
Melhor é ser engraçado

Pois vou seguir celebrando
Com a minha arte brincando
Como menino em quermesse
Hoje nada me aborrece
Vou sorrir agradecido
Nesse palco colorido
Todo o mal desaparece

E tá chegando a minha hora
Vou depressa sem demora
Outra cidade alegrar
Um dia eu hei de voltar
Parece que foi tudo um sonho
Com este povo risonho
Quero de novo sonhar

A lágrima que aqui derramo
É por fazer o que eu amo:
Levar comigo alegria
É tamanha a honraria
Fico até emocionado
Vai meu muito obrigado
Em forma de poesia:


Mamulengo, mamulenguei
Um dia vou ser um rei
Não pra acumular vintém
Mas para espalhar o bem
Colecionado paixões
Em mamulengos corações
VEM MAMULENGAR TAMBÉM!

Nenhum comentário:

Postar um comentário