Sinopse enredo 2018
“ZÉ
KATIMBA – FILHO DO CORDEL E PAI DO SAMBA”
Vou lhe contar a história de alguém que, com certeza, já
ouviste falar, cantar, ou versar. A saga de um sertanejo sambista… ou seria de
um malandro paraibano? Tanto faz. O importante mesmo é de quem ele é filho, de
quem ele é pai e, mais ainda, de quem ele é. Mas não vá pensando que é um causo
em linha reta, pois a vida é labirinto, é linha torta, e se tem uma coisa que
nosso herói aprendeu, é que tudo que vai, retorna.
Como todo cabra que se presa, não se aperreou diante das
dificuldades, enfrentou os dragões da maldade. Do chão rachado, levantou a
poeira e deu a volta por cima. Na fome de vencer, suportou a barriga vazia e se
alimentou de amor. Clandestino, partiu retirante com as bênçãos de Frei Damião
e da Mãe Paraíba. E, em tempos nebulosos, ao levantar sua bandeira, foi
enquadrado tal qual xilogravura. Mas quem melhor que um versador pra lidar com
os improvisos da vida?
E os perrengues tirou de letra, formando palavras,
versos, poesia. Na mesma cabeça que repousou o chapéu de palha, vestiu o
panamá. Quem diria… o filho do cordel, no samba fez escola. E causou o maior
rebuliço, abalou as estruturas, e ganhou a boca do povo, em todo esse mundão de
meu Deus. Sucesso a perder de vista.
De repente, era moço importante, ganhou um bocado de
medalhas e estandartes. Depois de tanta aventura, virou até personagem da TV e
da literatura. E hoje, na casa de Araribóia, sua primeira paragem na terra das
batalhas de confetes e serpentinas, o pai da Imperatriz é saudado por todo o
Império. No presente, volta ao passado, pensando no futuro, na certeza de que
essa história não acaba aqui. Enfim, após tanto feito, ganhou nome, não é
nenhum Zé Ninguém, mas Zé Katimba.
Carnavalescos: Levi Cintra e Tiago Ribeiro
Pesquisa/Texto: Tiago Ribeiro
Arte: Levi Cintra
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